domingo, 30 de julho de 2017
quinta-feira, 27 de julho de 2017
terça-feira, 25 de julho de 2017
segunda-feira, 24 de julho de 2017
sábado, 22 de julho de 2017
segunda-feira, 17 de julho de 2017
Galera que está na ativa na cena paulista desde do início do século XXI, um pouco de nostalgia pra nós! Punk Net!!!
Este disco foi um dos primeiros CDs de HC a ser editados no Brasil. Somente este fato já faria jus a sua aquisição, mas o o que temos aqui são 10 tijoladas no melhor estilo Heresy/Minor Threat, que se fariam obrigatórios a todos que se vêem envolvidos de alguma forma com o hardcore no Brasil. Infelizmente isto não é possível, pois foram lançados somente 500 cópias. O som não possue subdivisões ou subtítulos, é simplesmente hardcore, curto e grosso. A cada música que se inicia fica evidente o espírito que imperava no início da década e fez a festa dos que frequentavam os shows nas domingueiras do Black Jack, ou no minúsculo Alternative Bar (quando ainda era na Penha). Esta era uma época onde praticamente não existia old nem new school, os “tentáculos” dentro da cena eram apenas pequenas subdivisões que conviviam sob o mesmo teto. Este disco marca uma época em que o hardcore em São Paulo era completamente diferente do que temos atualmente, possuía a força que poucos buscam restabelecer. O HC era único, como deveria ser até hoje, uma única e grande família…UNION IS THE FIRST STEP!!!
Resenhas
Quem ouviu o primeiro disco do Hatebreed sabe exatamente o que esperar do quinteto de Connectcuit (cidade mais conhecida por sua hospitalidade que por sua tradição no HC…). Depois de uma grande demora em ser lançado, Perseverance saiu e só veio a confirmar toda a expectativa que se criou em torno do single I will be hearted. Hardcore-metal nervoso, pesado e violento como somente eles sabem fazer. Desde Death is a satisfaction of desire a banda vem ditando os passos na cena, e com este CD consolidaram sua posição, se tornando referência para centenas de bandas em todo mundo. Até o momento este é o melhor disco lançado em 2002, e dificilmente será superado…
O K7 é um formato vada vez menos usado em demos, e como bom saudosista devo admitir que fico contente cada vez que recebo uma demo TAPE como esta do Grinding Reaction. A banda foi formada em em setembro/2000 com o objetivo de unir metal e HC a sua maneira, o que resultou em algo entre Madball e Buried Alive (este último principalmente pelos vocais). As 5 músicas são muito boas, com destaque para “Nazi bastards” e “Impunity”. O diferencial do GR está em seus shows, onde os caras quebram tudo, fato comprovado em duas apresentações ao lado dos gringos do Figure Four em sua mais recente passagem pelo Brasil.
Integrado por rostos conhecidos da cena HC de SP, o Hakenpath chega a seu primeiro registro demonstrando que não veio para perder tempo. As 6 músicas aqui registradas foram gravadas no processo “semi ao vivo”, e ao contrário do que possa parecer, trazem uma boa qualidade sonora. A banda é muito boa e traz referências de Ryker’s, Sick of it All e até algo de Agnostic Front. A única ressalva fica por conta do vocal, que na gravação parece estar com o freio de mão puxado, o que em meio a massa sonora do quarteto não passa de um detalhe. Esperamos por ver frequentes shows da banda, pois assim que isto se iniciar certamente se tornarão mais um forte nome em SP.
Este material foi lançado há mais de 3 anos e mesmo assim soa atual, sem sentir qualquer defasagem pelo tempo que se passou. Certamente isto acontece por estarmos falando da melhor (e mais polêmica!) banda de HC do interior de SP. O Godzilla – demo/CD
Vindos da produtiva cena do Ceará, o Mercado Negro assim como o Switch Stance, Kapruk, S.O.H e outros vem a provar com seus registros o ótimo nível da cena brasileira, independente de sua localização geográfica. O MN é adepto do Rapcore. As músicas “Peso do verbo”, “Fanáticos imbecis”, “Gritos de perdão”, “Guerra de classes” e “Falsos sorrisos” trazem ótimas letras fundidas a influências de RATM e Machine Head. Também se faz necessário citar a qualidade do material promocional da banda, do release à capa do CD, tudo foi muito bem cuidado e merece méritos. Voltando a parte sonora, se faz necessário citar que a banda tem um diferencial que poucas bandas possuem, algo inexplicável que acaba por render cada vez mais pontos no resultado final.
Os mais atenciosos talvez se lembrem do Euthanasia pela primeira edição da já tradicional coletânea HC scene vol. 1, onde figuraram ao lado de bandas como Reffer (na época Heffer), Gritos de ódio, Mukeka di Rato e outros, isto no longínquo ano de 1996. De lá pra ca muita coisa aconteceu, muitas influências foram absorvidas e o som do Euthanasia se transformou. Do tosco HC com vozes guturais, a banda passou a ter em suas músicas referências de hip hop, mangue beat e muitos outros estilos. Isto fica evidente na músia “Favela”, gravada na citada coletânea de 96 e no CD, lançado este ano. é complicado encontrar uma definição para a banda, pois como eles mesmos citam no release, o som é uma combinação de HC, metal, hip hop, punk rock, thrash, death, reggae, funk, grind, música eletrônica, industrial, alternativo e mangue beat. Então, se você não se prende a rótulos e não tem preconceitos sonoros procure ouvir o Euthanasia, pois esta pode ser a banda que você sempre procurou.
A América do Sul é de fato um lugar único, onde apesar de todas as adversidades se produz música de qualidade e cada vez mais diversa. O Agitacion Interna vem de Montevidéu, no Uruguai, e neste EP registrado em K7 (devido aos elevados custos em se produzir um CD no país) a banda traz 4 músicas carregadas do espírito contido em bandas como Agnostic Front e Warzone. Hardcore calcado em bases “retas”, backings e letras falando do orgulho de suas escolhas e posturas adotadas para uma vida melhor. HC tradicional e muito bem executado. “Sientindose fuertes”, “Subdesarrollo”, “Arrogancia y falsedad” e “Respeto y aparencia” fazem do Agitacion Interna o mais forte nome da cena uruguaia ao lado do Hablan por la Espalda. Esperamos poder ver a banda em breve tocando pelo Brasil.
A Victory já foi considerada por muitos uma gravadora exemplar, algo meio raro no meio da música, durante algum tempo o nome da gravadora garantiu exposição a algumas bandas, e isto se deu pela qualidade de seus lançamentos. CDs de bandas como Strife, Snapcase, Earth Crisis, Hatebreed, Path of Resistence, Integrity e outros foram diretamente responsáveis pelo surgimento e propagação do new school. Com o crescimento da gravadora, aumentaram seu cast e também a diversidade musical de suas bandas, e esta quinta edição deste compilado apresenta alguns de seus novos pupilos… Atreyu, Darkest Hour, Waterdown, Angela Dellamorte (novo projeto do vocal do Integrity), Hoods, Dead to Fall, Rigworm e Minus representam o HC extremo com variações para o old school, emo e até linhas melódicas na linha In Fammes (a nova febre no exterior). Bandas com Talking Back Sunday, Thursday, Student Rick e Armor for Sleep defendem a bandeira do que se pode chamar de emo, com guitarras limpas e vocais chorosos. A velha guarda com Strife, Snapcase, Bloodlet e Blood for Blood garantem a qualidade incontestável das bandas que projetaram o selo para o mundo. Além de tudo ainda temos os representantes do punk/ska com Catch 22, River City Rebels e do mais ilustre contratado Voodoo Glow Skulls. O lado negativo fica por conta do Snowdogs, bandinha bimba, que de acordo com a música aqui contida não passa de um subproduto do Nirvana. Entre mortos e feridos alguns sobrevivem, mas poucos realmente fazem a diferença.
Ainda não tenho certeza se o Are You God? se enquadraria nesta coluna, mas com o extremismo atingido por algumas bandas optei por resenhar este CD. Independente de estilos, o AYG? é uma banda muito acima da média, inovadora eu diria em se tratando de Brasil. O som é como uma mescla de death, grind e HC com a percepção de quem sabe o que esta fazendo. é muito difícil ficar imune aos 3 temas deste registro. “My heroes”, “Deep rise” e “The ticket” já chamaram a atenção de pessoas em todo o mundo por sua agressividade e qualidade sonora, mesclando referências de bandas como Nazum, Terrorizer, Defecation e Electro Hyppies. Procure adquirir este CD com a banda, que já esta em fase de produção do próximo registro que provavelmente sai ainda este ano.
A primeira vez que ouvi o som desta banda foi em um show que dividimos com eles em Macaé (RJ), desde então aguardo o registro dos caras… A espera valeu a pena! As 3 músicas da tape revelam o old school direto e violento do quarteto, que traz em suas referências bandas como Poison Idea e até do brazuca Negative Control (em sua fase mais pesada…). A gravação é excelente e reforça o brilhantismo dos poucos minutos da demo. Certamente o Cervical em breve se tornará um dos mais fortes nomes da cena nacional.
O Overwhelm é uma banda que surgiu das cinzas do extinto Short Fuse, talvez a primeira banda a fazer hardcore duro e direto na região de Londrina, no Paraná. Este CD era para ser uma demo, mas graças a qualidade do material, receberam a proposta da Vida Simples e acabaram por lançá-lo no criativo formato que tenho em mãos. O disco possui 8 músicas mais um bônus, e todo seu conceito gráfico é muito bem acabado. O som é algo como o cruzamento de Strife e Catharsis cantado em português, com letras muito boas (o que é uma raridade…). De fato é uma banda acima da média, e merece atenção.
Como esta demo já esta gravada há algum tempo e nunca é lançada, tenho algumas sugestões para um provável título, nomes que se enquadrariam perfeitamente na ocasião, como: Privilégio de poucos, Extremamente limitada ou Músicas para nós mesmos… Tirando o pequeno contratempo o que se tem aqui são 4 músicas de pura violência sonora, sendo 2 próprias e 2 covers (New York Against the Belzebuth e Restos de Nada). O CPL² ao lado do Judabota forma o time dos mais porcos e sujos de São Paulo em algo que mistura grind/crust/raw e muita gritaria… Amigos, a rebeldia está de volta, e agora com toda fúria contida em 50 anos de rock comportado e politicamente correto.
Obs: Se alguem descobrir como adquirir esta demo, faça uma mala direta avisando a todos.
A cena hardcore em São Paulo vem crescendo gradativamente, e isto gera diversidade em todos os sentidos. O Fim do Silêncio é uma banda de Guarulhos, e se auto denomina “hatecore”. Este registro foi lançado em uma lata aerografada, inovando no formato do material. O som é sujo, lembrando algo de Integrity pelo extremismo dos vocais e guitarras. O diferencial do FDS esta em ter mais groove que os gringos, o que dá uma certa dose de originalidade nas músicas que integram esta demo.
Após a extensa tour do disco In this defiance, o Strife resolveu tirar férias prolongadas, o que fez com que muitos pensassem que jamais ouviriam algo novo da banda. Se o final tivese se dado nesta época, sua existência já se justificaria pelo legado de 2 álbuns clássicos e fundamentais para a cena mundial, mas Andrew Kline & cia. queriam mais, voltaram a se reunir e produziram mais um disco essencial. Angermeans pode ser considerado o CD mais metal do Strife, com bases que nos remetem a Slayer aliadas ao inconfundível vocal de Rick Rodney e toda fúria HC que somente eles sabem fazer. Resumindo, este é mais um típico disco do Strife, tão obrigatório quanto One truth ou In this defiance.
